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Ryanair cai para prejuízos no último trimestre de 2008

Presstur 02-02-2009 (11h53)

A low cost Ryanair, que em Portugal opera para o Porto e Faro, teve prejuízos no valor de 101,5 milhões de euros no último trimestre de 2008, quando no período homólogo de 2007 apresentara 35 milhões de euros de lucros.

A perda é “desanimadora, mas em linha com as expectativas e deve-se quase inteiramente ao aumento em 136 milhões de euros dos custos com combustíveis”, comentou Michael O’Leary, CEO da Ryanair, citado no balanço divulgado hoje pela low cost.

O’Leary assinala ainda que a tarifa média baixou 9%, para 34 euros, no último trimestre de 2008, que corresponde ao terceiro trimestre 2008/2009 da companhia, e atribui essa descida à “recessão” e à desvalorização da libra.

O executivo também sublinha que a descida da tarifa média foi “largamente” compensada por um redução em 3% dos custos, sem incluir os combustíveis.

O’Leary, apesar de comentar que o ambiente económico “permanece extremamente difícil” e que a recessão mina a confiança dos consumidores, reafirma que considera esse quadro é “bom” para o crescimento da procura da Ryanair.

A perspectiva que realça é que esse quadro leva mais passageiros a optarem pelo modelo de baixo custo da companhia e afiança que a low cost vai continuar a reduzir preços “para manter o crescimento do tráfego e elevadas taxas de ocupação”.

O balanço divulgado hoje indica que no último trimestre a Ryanair teve um aumento do número de passageiros em 13, para 14 milhões, o que na realidade mostra uma redução da taxa de crescimento face aos meses anteriores, já que para os nove meses desde 1 de Abril de 2008 a low cost indica um aumento do número de passageiros em 17%, para 45,7 milhões.

Além deste abrandamento do crescimento, o balanço indica também que decresceu a capacidade de geração de receitas.

No último trimestre de 2008, a Ryanair teve uma queda da tarifa média em 9%, para 34 euros, e a receita total por passageiro baixou 6%, para 43 euros, enquanto nos nove meses desde 1 de Abril de 2008 o decréscimo da receita por passageiro é de 3% e a redução da tarifa média situa-se em 5%.

Desta forma, enquanto nos nove meses a Ryanair apresenta um aumento das receitas de passagens em 11%, para 1.961,2 milhões de euros, no último trimestre desse período o crescimento quedou-se em 3%, para 472,7 milhões.

A Ryanair reconhece no balanço que o menor crescimento dos proveitos de passagens reflecte o impacto de promoções, uma menor penetração das taxas que aplica ao check-in de bagagens e a desvalorização da libra.




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