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Satélite sino-brasileiro deixa de operar no espaço

Jony Santellano,
São José dos Campos-SP


Concepção artística do CBERS-2 em órbita terrestre, onde operou com sucesso por mais de 5 anos. - Arte: INPE


O satélite sino-brasileiro CBERS-2 deixou de operar em órbita terrestre no último dia 15 de janeiro, conforme anúncio divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de São José dos Campos (SP). O satélite havia sido lançado ao espaço em 21 de outubro de 2003, a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Taiwan, na China, e o sua vida útil era de apenas dois anos. Os equipamentos do CBERS-2, que pesa 1.450 kg, até a sua reentrada na atmosfera terrestre, passaram a ser considerados apenas como ‘dejeto espacial’: um objeto produzido pelo homem em órbita terrestre sem mais função de interesse.

O programa de cooperação entre o Brasil e a China para desenvolver satélites de sensoriamento remoto, iniciado em 1988, previa inicialmente o lançamento de dois satélites (O CBERS-1 e o CBERS-2). Posteriormente, mais três satélites foram incorporados ao programa (CBERS-2B, CBERS-3 e CBERS-4). Dentro das atividades deste programa, chamado Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS - China-Brazil Earth Resources Satellite, na sigla em inglês), já foram lançados a partir do Centro de Lançamento de Satélites da China três satélites: O CBERS-1 (em 14 de outubro de 1999), o CBERS-2, e o CBERS-2B (em 19 de setembro de 2007); estando os CBERS-3 e CBERS-4 previstos para serem lançados até 2013.

Durante o seu período de operação, o CBERS-2 produziu mais de 175 mil imagens que serviram para atividades de monitoramento ambiental, avaliação de desmatamento e de áreas agrícolas, segundo dados do INPE. Em decorrência do Programa CBERS, o Brasil tornou-se atualmente o maior distribuidor de imagens de satélites de sensoriamento remoto do mundo. Devido à política de livre acesso dos dados do programa, implantada pelos governos brasileiro e chinês, a partir de 2004, as imagens são fornecidas gratuitamente pelo INPE, através da internet.

O fornecimento de novas imagens ao Programa CBERS continua agora sendo realizado apenas pelo satélite CBERS-2B, que também possui um tempo previsto de vida útil de dois anos.




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