Três empresas disputam venda de caças ao Brasil
Por Defesa Brasil
03 de Fevereiro de 2009
O Comando da Aeronáutica recebeu ontem as propostas das três empresas selecionadas para a fase final do F-X2, o processo de compra de novos caças de múltiplo emprego. Dos seis fornecedores inicialmente na disputa, seguem na concorrência a fabricante francesa Dassault (com o Rafale), a americana Boeing (com o F/A-18 Super Hornet) e a sueca Saab (com o Gripen New Generation).
A Força aérea Brasileira (FAB) não estipulou um prazo para a análise das ofertas, mas pretende fechar a compra de até 36 caças no segundo semestre deste ano. O setor privado estima a encomenda em mais de US$ 2 bilhões. Esse custo pode variar muito, dependendo da configuração das aeronaves.
Há apreensão, entre os militares, de que os efeitos da crise sobre a arrecadação de impostos e a necessidade de mais cortes orçamentários levem o governo a adiar novamente a aquisição, embora grandes equipamentos de defesa tenham sempre longos financiamentos.
O F-X, em sua versão original, terminou no início de 2005 sem nenhuma encomenda. As informações apresentadas ontem pelos fornecedores incluem o valor dos jatos, prazo do financiamento e detalhes sobre a transferência de tecnologia - uma das principais exigências do governo brasileiro para definir o vencedor da concorrência, que não segue a Lei de Licitações, por tratar-se de equipamento de segurança nacional.
A entrega das propostas dá sequência ao processo, que havia tido seu último capítulo em outubro de 2008, quando a FAB selecionou três modelos de caças para a chamada "lista reduzida" e enviou a cada um dos fornecedores o Pedido de Oferta (RFP, na sigla em inglês), em que as empresas detalham suas propostas com base nos requisitos estabelecidos pela Aeronáutica.
Em nota, o Ministério da Defesa informou que começará agora "minuciosa análise" dos aspectos que vão definir a escolha do caça: comerciais, técnicos, operacionais, logísticos, de compensação comercial, industrial e tecnológica (offset) e transferência de tecnologia.
Fonte: Valor Econômico