British Airways tem queda de 20,2% do tráfego de tarifas altas em Fevereiro
A British Airways, terceira maior companhia aérea europeia, teve em Fevereiro uma quebra em 20,2% do tráfego de tarifas de primeira e executiva (tráfego premium), que a arrastou para uma queda do tráfego total do mês em 8,3%, segundo informação divulgada hoje, na qual é ressalvado que factores exteriores à companhia contribuíram para essa evolução.
A British Airways destaca que Fevereiro teve menos um dia que em 2008, o que pelos seus cálculos penalizou em 3,5%, bem como registou impactos negativos de “um número significativo de cancelamentos” na primeira semana do mês, devido a fortes nevões no sudeste de Inglaterra, e perturbações em outros aeroportos.
A informação operacional da British Airways para o mês de Fevereiro mostra que a queda do tráfego (em RPK = passageiros x quilómetros) foi especialmente acentuada pelo segmento premium, uma vez que para as restantes tarifas a companhia indica que a queda foi em 5,5%.
Ainda assim, e apesar de classificar as condições de mercado como “desafiadoras”, a British Airways afirma que “globalmente estão em linha com as expectativas” avançadas anteriormente.
Em número de passageiros transportados, a informação mostra uma queda em 10,1% ou cerca de 244 mil, para 2,169 milhões, com quedas em 12% ou cerca de 175 mil, para 1,28 milhões, nos voos dentro da Europa (incluindo os domésticos), em 7,4% ou cerca de 38 mil, para 478 mil, nos voos transatlânticos, em 19,3% ou cerca de 27 mil, para 113 mil, nas ligações com Ásia e Pacífico, e em 1,7% ou cerca de cinco mil, para 297 mil, nas ligações com África e Médio Oriente.
De acordo com estes dados, nos primeiros dois meses deste ano, a British Airways tem uma queda do número de passageiros em 7,1% ou 341 mil, para 4,49 milhões, com quedas em 9,4% ou cerca de 266 mil, para 2,8 milhões, nas rotas europeias, em 4% ou cerca de 44 mil, para 1,04 milhões nas rotas transatlânticas, e em 14,7% ou cerca de 43 mil, para 250 mil, nas rotas da Ásia e Pacífico e uma subida de 1,8% ou cerca de 11 mil, para 633 mil, nas rotas de África e Médio Oriente.
Em relação aos onze meses do exercício 2008/2009, iniciado a 1 de Abril de 2008, a informação da British Airways indica uma queda do número de passageiros em 3,9%, que equivale a uma redução em aproximadamente 1,2 milhões, para 30,488 milhões.
As quedas ocorrem em todos os sectores de rede, sendo de 4,4%, para 18,543 milhões, nas rotas europeias, 2,8%, para 7,013 milhões, nas transatlânticas, 5,5%, para 1,662 milhões, nas da Ásia e Pacífico, e 2,8%, para 3,27 milhões, nas de África e Médio Oriente.
A informação relativa a Fevereiro indica ainda que apesar da queda do número de passageiros e tráfego (passageiros x quilómetros), a companhia, pela redução da capacidade (em ASK = lugares x quilómetros) em 9%, teve uma subida da taxa de ocupação média em 0,5 pontos, para 72%.
Esta melhoria baseou-se nas ligações transatlânticas (+2,3 pontos, para 70,6%), nas quais a queda do tráfego em 7,2% ocorreu face a uma redução de capacidade em 10,3%, e nas ligações com África e Médio Oriente (+2,6 pontos, para 80,6%), também porque a queda do tráfego (-2,1%) foi menor do que a redução de capacidade (-5,2%).
Já nos voos dentro da Europa a taxa de ocupação em Fevereiro foi de 60,1%, menos 3,4 pontos que um ano antes, apesar de uma redução de capacidade em 4,3%, porque a queda do tráfego foi em 9,4%.
Igualmente nos voos de e para Ásia e Pacífico a taxa de ocupação baixou, em 2,4 pontos, para 78,2%, apesar de uma redução da capacidade em 16,3%, porque a queda do tráfego foi de 18,8%.
Para os onze meses do exercício 2008/2009, a informação da companhia indica que a taxa média de ocupação está em 77,4%, menos 1,8 pontos que no período homólogo de 2007/2008, apesar de uma redução média da capacidade em 0,8%, porque a queda do tráfego é de 3,1%.
Também para este período as quedas de ocupação ocorrem em todos os sectores de rede: -2,6 pontos nos voos dentro da Europa, para 69,3%, -1,2 pontos nos transatlânticos, para 79,1%, -1,8 pontos nas ligações com Ásia e Pacífico, para 82,8%, e também –1,8 pontos nas ligações com África e Médio Oriente, para 77,4%.
Neste período, a British Airways apenas aumentou a capacidade nas ligações intra-europeias, em 3,4%. Nas restantes fez reduções, de 1,2% nas ligações transatlânticas, de 3,3% nas ligações com Ásia e Pacífico e de 2,3% nas ligações com África e Médio Oriente.
Para o transporte de carga, a informação da British Airways indica que em Fevereiro teve uma queda em 20,7% do total de toneladas x quilómetro facturadas.
Para os onze meses do exercício 2008/2009, a queda está em 4,7%, o que evidencia a acentuada quebra do transporte aéreo de carga nos últimos meses, pela crise económica e financeira mundial.