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Air France – KLM recorre a lessor face a aperto do crédito bancário



Há um ano, quando queria financiamento para aquisição de aviões, a Air France tinha uma fila de bancos prontos a entrarem no negócio, mas agora é o “inverso”, comentou ontem o CEO do grupo, Pierre-Henri Gourgeon, ao explicar porque recorreu ao lessor BOC Aviation, do Bank of China, para um operação de sale-leaseback de quatro Boeing B777.

“O sistema financeiro está reticente em assumir riscos de qualquer género. Temos que ser inovadores e encontrar outras instituições financeiras”, comentou Pierre-Henri Gourgeon, em declarações na apresentação dos resultados do grupo Air France – KLM no exercício 2008/09 (clique para ler: Air France – KLM fecha no vermelho pela 1ª vez / Grupo perde 814 milhões no exercício 20098/09), citadas pela imprensa internacional.

Gourgeon explicou que a opção pelo BOC Aviation foi feita por a companhia não ter encontrado as condições de financiamento com que tem trabalhado or parte de outros parceiros.

“Há um ano, quando se queria financiar [a compra de] um avião, tínhamos uma fila [de bancos] às nossas portas”, comentou Pierre-Henri Gourgeon, que apontou como exemplo o caso em que a companhia pretendia encontrar financiamento para três aviões e teve “12 respostas positivas de bancos”.

“Agora é o inverso. Requer muito tempo”, acrescentou o CEO do grupo Air France – KLM.

O balanço do grupo Air France – KLM indica que investiu 2,04 mil milhões de euros no exercício 2008/2009, quando no anterior tinha investido 2,34 mil milhões, mas que apesar dessa redução o cash flow operacional, no valor de 798 milhões de euros, e o encaixe de 141 milhões obtido com alienação de aviões, foram “insuficientes para financiar estes investimentos.

O documento sublinha que no entanto o grupo mantém uma posição financeira “robusta”, com 4,3 mil milhões de euros em dinheiro e 1,2 mil milhões em linhas de crédito.

O grupo indica ainda que os capitais próprios sofreram um impacto negativo de 1,5 mil milhões de euros de contabilização de instrumentos de hedging, que no exercício anterior tinham propiciado um aumento de 1,82 mil milhões.

O efeito negativo dos instrumentos de hedging levou a um aumento da dívida líquida de 2,69 mil milhões de euros a 31 de Março de 2008 para 4,46 mil milhões a 31 de Março deste ano.

A imprensa internacional refere que a Air France tem mantido uma política de aquisição de aviões em que dois terços são comprados com financiamento bancário e capitais próprios e os restantes são incorporados em leasing operacional.

A imprensa internacional refere que a Air France tem mantido uma política de aquisição de aviões em que dois terços são comprados com financiamento bancário e capitais próprios e os restantes são incorporados em leasing operacional.






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