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Air France 447 - Avião que fazia voo 447 da Air France pode ter caído a mais de 700km de Fernando de Noronha


BRASÍLIA e RIO - O avião da Air France do voo 447 teria caído próximo ao arquipélago São Pedro e São Paulo, a 770 quilômetros de Fernando de Noronha. A informação foi dada por autoridades brasileiras que participam das buscas do aparelho. O local da queda é no limite das 200 milhas náuticas, quase fora da jurisdição brasileira. O lugar é de difícil acesso e tem profundidade de quatro mil metros. Não existe helicópteros com autonomia de voo que cheguem ao local, mesmo partindo de Noronha. A opção, diz a fonte, é utilizar os helicópteros embarcados nos navios da Marinha, que vão demorar três dias para chegar ao local, saindo de Natal ou Recife. O primeiro navio que participa das buscas, o navio-patrulha Grajaú, deve chegar ao local nesta terça-feira à tarde.

O Comando da Aeronáutica iniciou às 2h30m (horário de Brasília) as buscas para localizar o Airbus. O voo AF 447 decolou do Aeroporto Tom Jobim às 19h e realizou o último contato por rádio com o Centro de Controle da Área Atlântico (Cindacta III) às 22h33m, quando estava a 565 quilômetros de Natal (RN), próximo de entrar no espaço aéreo de Dakar, Senegal. Por volta de 23h14m, a aeronave enviou uma mensagem automática para a companhia informando falha no sistema elétrico e perda de pressurização.

A base para as operações ficará localizada em Fernando de Noronha. Dois aviões Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) já foram enviados à região para ajudar nas buscas. Além disso, três navios da Marinha participam dos trabalhos. O navio-patrulha Grajaú, a corveta Caboclo e a fragata Constituição deixaram, respectivamente, Natal, Maceió e Salvador a caminho de Fernando de Noronha.

Para a busca, a FAB acionou os seguintes recursos:

- 1 avião Bandeirante de patrulha marítima (P-95) decolou de Salvador e com destino a Fernando de Noronha-PE;

- 1 helicóptero Blackhawk (H-60) que está em voo prosseguindo para Natal-RN, e posteriormente para Fernando de Noronha-PE;

- 1 aeronave Bandeirante SR (SC-95) de Campo Grande (MS) para Natal;

- 1 aeronave Amazonas (SC-105) de busca e resgate de Campo Grande (MS) para Natal;

- 1 helicóptero Super Puma (H-34) do Rio de Janeiro com destino a Natal;

- 1 aeronave Hércules (C-130) prossegue para Natal-RN, com a equipe do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARASAR), unidade de elite para operações de busca e resgate;

- 1 aeronave Hércules (C-130), que estava em Las Palmas, com destino à Europa, foi acionada para efetuar a rota inversa do vôo AFR 447.

Segundo a nota divulgada pelo Comando da Aeronáutica, as buscas terão como ponto central o momento em que o voo AF 447 enviou uma mensagem automática sobre problemas técnicos. As aeronaves da FAB ficarão baseadas em Fernando de Noronha (PE) e em Natal (RN), e as buscas serão coordenadas a partir do Cindacta III, em Recife.

A Marinha do Brasil auxilia nas buscas com o Navio patrulha GRAJAÚ (que já partiu de Natal-RN), Fragata Constituição (sairá de Salvador - BA) e a Corveta Caboclo (sairá de Maceió-AL) serão envolvidas no esforço de busca.

Um avião militar francês também deixou Dakar para participar das operações de busca. Segundo o jornal francês "Le Monde", França e Senegal têm acordos de defesa que preveem operações de busca de embarcações ou aeronaves em dificuldade.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que está em Namíbia, na África, determinou que "as autoridades brasileiras atuassem na mais estreita coordenação com as autoridades francesas na elucidação dos acontecimentos" que levaram ao desaparecimento do avião da Air France no Oceano Atlântico.

" Neste momento de expectativas e incertezas, apresento minha solidariedade aos familiares dos passageiros e tripulantes "

"Neste momento de expectativas e incertezas, apresento minha solidariedade aos familiares dos passageiros e tripulantes", disse o ministro.

A França pediu a ajuda dos Estados Unidos para localizar o avião, por meio de satélites de observação do Pentágono, segundo assessores do ministro da Defesa francês, Hervé Morin. A informação é do "Le Monde".





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