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Air France 447 - Aviões de busca do AF 447 sobrevoam espaço aéreo de Dacar

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Por Fernando Exman

RECIFE (Reuters) - Aeronaves da FAB iniciaram nesta quarta-feira as buscas dentro do espaço aéreo sob controle de Dacar por corpos e destroços do avião da Air France que caiu no oceano Atlântico, devido a correntes marítimas, afirmaram oficiais do comando de buscas.

"As aeronaves já estão lá, os navios só (irão) a partir do momento que tivermos pontos avistados", disse o tenente-coronel da FAB Henry Munhoz. As autoridades não informaram, no entanto, se foram avistados mais corpos de vítimas do acidente, além dos 41 já resgatados.

As operações de busca foram expandidas para uma região ao norte de onde se concentravam, a cerca de 1.350 quilômetros a nordeste de Recife, devido às correntes marítimas. As autoridades brasileiras receberam autorização do Senegal para atuar na área.

Os primeiros 16 corpos resgatados do mar, que passaram por uma perícia inicial em Fernando de Noronha, serão levados nesta tarde por um avião da FAB a Recife, onde serão identificados. Os outros corpos também serão transferidos de Noronha para a capital pernambucana.

As equipes do Brasil e da França resgataram até terça-feira 41 corpos das vítimas do acidente com o Airbus A330 que tinha 228 pessoas a bordo.

A Força Aérea e a Marinha disseram que 25 corpos resgatados do mar pela fragata brasileira Bosísio estão a caminho de Fernando de Noronha, para onde foram levados na terça-feira os 16 primeiros corpos encontrados.

"A Fragata Bosísio segue em direção a Fernando de Noronha e deverá chegar nesta quinta-feira, 11 de junho, ao local em que os 25 corpos, a bordo, serão recolhidos por helicópteros da FAB", informaram a Marinha e a Aeronáutica em comunicado.

SUBMARINO: BUSCA POR CAIXAS-PRETAS

O Ministério da Defesa francês informou nesta quarta-feira que quatro embarcações da Marinha do país participam das operações de busca, incluindo o submarino nuclear Émeraude, que já começou a procurar as caixas-pretas do avião que caiu no oceano Atlântico na noite de 31 de maio durante a rota Rio-Paris.

Se as peças forem localizadas, submarinos-robôs não-tripulados a bordo do navio de exploração e pesquisa francês Pourquoi Pas, que também está ajudando nas buscas, poderão ser usados para resgatar as caixas-pretas.

Também participam da operação da fragata Ventose, com um helicóptero a bordo e que já resgatou alguns corpos do mar, e o navio Mistral. A França tem também três aviões envolvidos, totalizando 400 militares franceses.

Segundo a Marinha brasileira, há ainda dois rebocadores de alto-mar que foram contratados pelo governo francês para auxiliar. Uma fonte envolvida nos trabalhos de buscas do Brasil disse que os rebocadores carregam 40 toneladas, incluindo equipamentos norte-americanos, com o objetivo de ajudar a encontrar a caixa-preta do Airbus.

Do lado brasileiro, são 12 aeronaves e cinco navios.

A França também enviou peritos para trabalharem na identificação dos corpos que chegarem ao IML do Recife. Os exames de DNA, quando houver necessidade, serão realizados no laboratório da Polícia Federal em Brasília.

As causas do acidente permanecem sem explicação. Segundo investigadores, uma falha nos sensores de velocidade por ter tido participação preponderante na tragédia, mas outras hipóteses não são descartadas.

Segundo o site da revista L'Express, serviços de informação franceses disseram que havia dois nomes suspeitos entre os passageiros a bordo do voo.

O Ministério do Interior da França informou que os dois passageiros tinham uma suspeita relacionada a seus nomes, mas que investigações mostraram que eles não eram uma preocupação.

Os destroços do avião recolhidos do mar serão repassados à França, responsável pela investigação da tragédia.

(Reportagem adicional de Gerard Bon em Paris; Edição de Pedro Fonseca e Maria Pia Palermo)





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