|

Air France 447 - FAB encontra destroços no oceano; Marinha deve retirar objetos da água amanhã


da Folha Online
da France Presse

Os destroços encontrados nesta terça-feira por um avião radar da FAB (Força Aérea Brasileira) utilizado nas buscas ao Airbus da Air France desaparecido desde domingo (31) devem ser retirados amanhã, pela Marinha. Foram localizadas poltrona, boia de cor laranja, tambor, querosene e óleo.

As peças serão analisadas em busca de um código de série para saber se são do Airbus que fazia o voo AF 447 com 228 pessoas a bordo --216 passageiros e 12 tripulantes. Entre os ocupantes do voo desaparecido estão 58 brasileiros, de acordo com a companhia aérea.

Leia a cobertura completa sobre o voo AF 447
Veja nomes de passageiros que estavam no avião da Air France
Veja onde conseguir informações sobre o voo

O avião decolou por volta das 19h de domingo do aeroporto Tom Jobim, no Rio, com destino a Paris e fez o último contato com o comando aéreo brasileiro por volta das 22h30.

A Aeronáutica informou que não existe helicóptero capaz de retirar os objetos encontrados das águas. Isso dependerá de navios da Marinha que já estão se dirigindo até o ponto onde os objetos foram encontrados, a 650 km do arquipélago de Fernando de Noronha (PE).

Uma outra possibilidade --remota-- é que os objetos sejam retirados por três navios mercantes que estão próximo ao local indicado. Segundo a Marinha informou hoje ainda não se sabe se essas embarcações --estrangeiras, sendo dois de bandeira holandesa e um de bandeira francesa-- possuem guindastes e dispositivos necessários para retirada dos objetos das águas.

Navios da Marinha

O navio patrulha Grajaú deve chegar até o local da tragédia às 11h desta quarta-feira. Um dia depois, na quinta-feira (4), às 9h, a fragata Constituição chegar à área de busca. Logo depois, às 12h, está prevista a chegada da corveta Caboclo.

Em caso de encontro de sobreviventes qualquer uma dessas três embarcações possuem condições de lançar botes grandes para realizar o resgate. Elas também dispõem de dispositivos suficientes para resgate de peças, mesmo que sejam de grandes dimensões, segundo a Marinha.

Mercantes

Três navios mercantes estão próximos do ponto determinado pelas coordenadas geográficas observadas por um avião radar da FAB.

"Alertamos os três navios mercantes que estão nessa região para que desviem de suas rotas e se aproximem do ponto onde foram detectados restos de um avião, para que possam prestar socorro", afirmou à France Presse o tenente Henrique Afonso Lima, do comando do 3º Distrito Naval.

Ao ser contatado, um dos barcos estava a cerca de 20 milhas marítimas (37 km) do ponto onde foram encontrados os restos da aeronave e os outros estavam a 30 milhas marítimas e 40 milhas marítimas, respectivamente 54 km a 72 km do ponto.

"Dependendo da velocidade da navegação. Esses barcos mercantes podem chegar ao local dos destroços em apenas algumas horas", disse Lima.

Peças

Segundo o coronel Jorge Amaral, subchefe de comunicação da FAB, duas aeronaves realizaram buscas ao Airbus durante a madrugada. "Não podemos confirmar que é a aeronave da Air France. É necessário que sejam retiradas das águas essas peças", afirmou.

O coronel informou que, por volta da 1h, um avião de vigilância R-99, dotado de um radar, detectou que havia materiais metálicos e não metálicos flutuando no oceano. As coordenadas geográficas foram marcadas e indicaram que elas estavam a 650 km do arquipélago de Fernando de Noronha.

Mais tarde, por volta das 5h30, um outro aparelho, um C-130, encontrou materiais distantes 60 km. Entre os objetos encontrados estavam uma poltrona, pequenos pedaços brancos metálicos, uma boia branca, um tambor e vestígios de óleo e querosene.

Amaral informou que os trabalhos de busca vão se concentrar nessas coordenadas encontradas pela aeronave R-99 para que as peças possam ser retiradas das águas e, posteriormente, analisadas para se saber se de fato são ou não do Airbus A330-200.

Reconhecimento

Após retirar os objetos das águas as equipes irão analisar se eles possuem um número de série que possam indicar se pertencem ou não ao aparelho.

Amaral ressaltou que a quantidade de material encontrado até agora é pequena se comparada ao porte do jato.

Se confirmadas que as peças pertencem ao aparelho as equipes vão redirecionar os seus trabalhos para resgate de outras partes do Airbus que possam indicar o que ocorreu no voo AF 447.

Questionado a respeito de qual país irá conduzir as investigações sobre as causas do sumiço do avião, o subchefe disse que esse assunto ainda será discutido pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).



---

RIO - Pelo menos quatro navios mercantes desviaram suas rotas para tentar se aproximar dos destroços avistados no mar e que podem ser do Airbus300 da Air France, que fazia o voo 447 e está desaparecido desde a noite de domingo. Por volta de 5h25m desta terça, foram avistados uma poltrona de avião, pequenos pedaços de materiais brancos, um tambor, uma boia laranja e vestígios de óleo e querosene em dois pontos distintos, distantes 60 quilômetros um do outro, a cerca de 650 quilômetros a Nordeste da Ilha de Fernando de Noronha, perto das Ilhas de São Pedro e São Paulo. Só será possível saber se são ou não da aeronave se for avistado algum tipo de número de série ou marca. Por isso, os achados têm de ser recolhidos.

A lista oficial de passageiros, segundo a diretora-geral da Air France, Isabelle Birem, será divulgada nesta quarta-feira , que esteve nesta manhã no hotel onde parentes das vítimas estão sendo atendidos.

Leia mais: A lista não oficial das vítimas do voo 447

O coronel e vice-chefe do Centro de Comunicação da Aeronáutica, Jorge Antônio Amaral, confirmou na manhã desta terça-feira que aviões da Força Aérea Brasileira encontraram nesta madrugada objetos metálicos e não-metálicos no Oceano Atlântico, próximo ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Tudo indica que são destroços d o Airbus A330 da Air France, que seguia do Rio de Janeiro para Paris com 228 pessoas a bordo. ( Veja as fotos do arquipélago )

A notícia, porém, veio à tona horas antes, quando um homem captou por meio de rádio amador a frequência da Força Aérea com indícios do achado. Ele já ajudou em outras buscas na região do arquipélago .

- Nós ainda não podemos confirmar juridicamente que são destroços do avião. A partir de agora os esforços são para resgatar alguns destes pedaços e identificá-los como sendo ou não sendo da aeronave da Air France - disse o coronel Jorge Antônio Amaral.

A primeira embarcação a chegar ao local pode ser um navio mercante holandês. Pela manhã, ele estava a 35 km do local onde foram avistados os destroços e a previsão era de que se aproximasse entre 12h e 12h30m. Os quatro navios mercantes que tiveram suas rotas desviadas foram identificados como Lexa Maersk, Jo Cedar, Ual Texas e Stolt Inspiration, de nacionalidades francesa, holandesa e norte-americana.

O Arquipélago de São Pedro e São Paulo fica no Oceano Atlântico, entre a África e a América do Sul, a 1100 quilômetros de Natal, no Rio Grande do Norte, e a 1800 quilômetros de Dakar, no Senegal - Simone Marinho

De acordo com Amaral, um avião R-99 detectou, por radar, sinais eletrônicos de materiais metálicos e não-metálicos por volta de 1h desta madrugada. Às 5h25m outra aeronave da FAB identificou os objetos.

Os destroços devem ser recolhidos e trazidos para o Brasil para análise. A base de operações foi montada em Fernando de Noronha, no litoral pernambucano. A área onde as peças foram avistadas pertence à jurisdição aérea brasileira, mas ainda não é certo se a investigação sobre o acidente será feita pelas autoridades brasileiras ou será compartilhada.

Segundo técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que chegaram nesta manhã a Fernando de Noronha, a profundidade do mar no local onde foram achados os pedaços é entre 6 a 8 quilômetros. Nesta profundidade, não é possível trabalhar com mergulhadores, apenas com submarino. Os destroços devem ser resgatados e trazidos para o Brasil, que é o ponto mais próximo do local.

Os técnicos afirmam que, se forem comprovadas que as manchas de óleo e querosene são da aeronave, o avião não se desintegrou no ar, pois o combustível teria se evaporado.

- Isso pode indicar que o avião caiu ou tentou pousar - afirmou uma fonte do Cenipa, acrescentando, porém, que não há ainda qualquer prova que os destroços sejam da aeronave desaparecida.

A Marinha informa que a primeira embarcação brasileira, o navio-patrulha Grajaú, deve chegar ao local por volta das 21h30m desta terça. A embarcação partiu nesta segunda de Natal e é de pequeno porte, usada em patrulhas oceânicas. Ela possui capacidade para 10 homens e 1 bote inflável para seis homens. Além disso, também possui um guindaste eletro-hidráulico com capacidade para içar até 620 kg.

Mesmo com os achados, buscas continuam a ser feitas na costa do Senegal, uma vez que não se sabe a quantos quilômetros os destroços podem ter se espalhado pelo mar.




◄ Share this news!

Bookmark and Share

Advertisement







The Manhattan Reporter

Recently Added

Recently Commented