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Air France 447 - Voo 447: Aeronáutica confirma que querosene, poltrona e fiação eram do Airbus da Air France

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SÃO PAULO - O brigadeiro Ramón Cardoso, diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, confirmou nesta sexta-feira que a mancha de querosene, uma poltrona e destroços espalhados num rastro de 3 quilômetros no mar, entre fiação e partes internas, avistados por aviões da Aeronáutica eram de fato do Airbus da Air France.

- O que tivemos de concreto, no início, a mancha de querosene, a poltrona e alguns pedaços da aeronave que faziam parte de uma área de aproximadamente 3 km de destroços, fiação e parte interna da aeronave. Esse foi o material que nós vimos e fazia parte dessa aeronave - afirmou o brigadeiro.

De acordo com o brigadeiro, serão descartados apenas os materiais sobre os quais há certeza de não serem do Airbus.

- Muitos dos demais materiais foram descartados porque não faziam parte. Alguns ficamos em duvida, mas vamos buscá-los e confirmar apenas quando estiverem dentro de um navio - explicou.

Segundo o militar, os destroços não foram recolhidos antes, na primeira visualização, porque a prioridade era buscar corpos e sobreviventes. Como ficou cada vez mais remota a chance de encontrar alguém com vida, a Aeronáutica passou ao recolhimento, em conjunto com a Marinha.

O brigadeiro admitiu que o perímetro de busca, a cada dia, se amplia por conta do deslocamento das correntes marítimas. Nesta sexta, cinco aeronaves fazem voos de reconhecimento e o material terá de ser revisualizado.

- O perímetro de busca vai se ampliando, tendo em vista o deslocamento das correntes.

Um dos pilotos que participa das buscas foi a Recife para conversar com parentes de vítimas e explicar sobre as dificuldades do trabalho. O brigadeiro disse que os parentes não serão levados a Fernando de Noronha e não é possível também que acompanhem as buscas no mar.

- Vamos mostrar a eles a dificuldade de fazer a visualização. Para isso precisamos de equipe especializada. Seria bastante desgastante para eles participar em uma aeronave que não é especializadas.

Nesta sexta, estão sendo feitos cinco voos de reconhecimento. O piloto que conversa com os parentes de vítimas é o que fez o primeiro deles. Porém, adiantou o brigadeiro, o tempo na região é muito ruim hoje e a visibilidade está prejudicada. Mesmo assim, as buscas não serão suspensas.

De acordo com o brigadeiro, tudo o que fizer parte do avião será recolhido e levado para análise na base de Fernando de Noronha, assim como os destroços que, porventura, sejam objeto de dúvida. Os demais serão descartados.

- Os navios estão posicionados na área designada a cada um deles. As aeronaves estão fazendo as buscas e não temos informação de que algum navio tenha se aproximado - afirmou.

O brigadeiro ressaltou que as autoridades brasileiras estão trabalhando apenas nas buscas e no recolhimento de materiais para entregar às autoridades francesas responsáveis pela investigação.

- Não estamos trabalhando na busca de qualquer motivo que tenha sido a causa do acidente - afirmou.

O brigadeiro repetiu que a Aeronáutica faz o reconhecimento visual dos destroços e direciona os navios para os locais. Nesta madrugada, afirmou o militar, até mesmo o avião R-99, equipado com sensores, teve seu trabalho prejudicado pelo mau tempo.





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