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Portugal - Tráfego Lisboa – Brasil cai 26,1% em Março



Lisboa, que é o maior hub europeu de ligações com o Brasil pelos voos directos da TAP para oito destinos brasileiros, teve em Março uma queda de 26,1% no número de passageiros em voos de e para esses destinos, face a uma queda média do tráfego em 17,1%, de acordo com os dados a que o PressTUR teve acesso.

A informação mostra que as ligações com o Brasil “sofreram” de forma mais acentuada com o facto de Março não ter sido este ano o mês da Páscoa, ao contrário do que aconteceu em 2008.

Uma das consequências desse efeito de calendário foi que em Março apenas houve uma partida de um voo charter para Maceió (os outros voos ocorreram em Abril), promovido pela Entremares e pela Alto Astral, que levou 238 passageiros, quando em 2008, com os reforços de Páscoa, Natal foi o primeiro destino charter em Lisboa, com 3.435 passageiros, Porto Seguro foi o terceiro, com 2.795, Salvador foi o oitavo, com 1.753, Recife foi o décimo, com 1.320, e Maceió foi o 17º, com 452 (turistas brasileiros que viajaram para Lisboa).

A nível dos voos regulares, os dados do Aeroporto de Lisboa a que o PressTUR teve acesso indicam quedas em 23,1% nas ligações com o Rio de Janeiro, para 14.158 passageiros, em 24% nos voos de e para São Paulo, para 13.916, em 12,3% nos voos de e para Salvador, para 10.682, e em 19,9% nos voos de e para Fortaleza, para 9.259.

Tanto Recife, como Brasília, Belo Horizonte e Natal, para onde a TAP também tem voos directos, não figuraram em Março na lista dos 30 principais destinos ordenados por número de passageiros embarcados e desembarcados, o que significa que tiveram menos de 8.289 passageiros, que foi o total nas ligações com Dublin, 30º destino em voos regulares.

Em Março de 2008, na lista dos 30 principais destinos, além de Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Fortaleza, constava o Recife, com 12.077 passageiros.

Para o conjunto dos três primeiros meses deste ano, que na comparação com o período homólogo de 2008 além do efeito Páscoa mais tarde tem a desvantagem de Fevereiro ter tido menos um dia (2008 foi ano bissexto), os dados a que o PressTUR teve acesso indicam uma queda média do número de passageiros nas ligações com o Brasil em 11,5%, para 258.808, ligeiramente acima da queda média do tráfego total, que está em 10,4%.

A queda do tráfego de e para o Brasil reflecte a cessação das operações charter desde Setembro de 2008 e também quedas nos voos regulares, que neste caso são atenuadas pela introdução de novas linhas, como Brasília e Belo Horizonte.

Com quedas acima da média verificada no total de passageiros de e para o Brasil estão as ligações com o Rio de Janeiro, com –16,7%, para 47.910 passageiros, São Paulo, com –15,8%, para 45.438.

Salvador e Fortaleza tem quedas menores que a média, respectivamente em 7,7%, para 33.791 passageiros, e em 7,3%, para 32.968.

Estas quedas reflectem os “efeitos de calendário” nos mercados outgoing europeus como, também, uma queda acentuada do outgoing do Brasil, que entrou em contracção a partir de Setembro passado, com a forte desvalorização do real face ao dólar e ao euro (ver: Turismo internacional no Brasil tem em Março as menores quedas deste ano e Tráfego internacional de e para Brasil cai 9,2% em Março).

O impacto dessa evolução das moedas é também expressivo quer ao nível da hotelaria portuguesa quer das receitas que Portugal obtém pelas visitas de turistas estrangeiros.

Para este ano apenas estão divulgados, pelo Turismo de Portugal, os dados relativos a Janeiro, segundo os quais, o Brasil foi o sexto mercado em receitas pelas visitas a Portugal, mas com uma quebra em 21,3% face a 2008, para 13,4 milhões de euros.

Portugal tem, assim, uma queda 2,5 pontos menor do que a descida média da despesa dos brasileiros em viagens ao estrangeiro, que foi de 23,8% no mês de Janeiro, segundo do Banco Central do Brasil (clique para ler: Brasil tem quedas a dois dígitos em Janeiro em receitas e despesas de turismo internacional).

Em relação a dormidas na hotelaria portuguesa, a queda do mercado brasileiro foi de 20,2% em Janeiro, para 40,996, com uma queda do número de hóspedes em 20,5%, para 18,24 mil.

Esta queda é especialmente significativa para a hotelaria de Lisboa, Norte e Centro de Portugal.

Em Lisboa, onde o Brasil foi, como em Janeiro de 2008, Norte o segundo mercado mais importante, o número de dormidas de brasileiros na hotelaria baixou 16,9%, para 27.939.

Na região Norte, onde igualmente o Brasil foi o segundo mercado tanto em Janeiro deste ano como em 2008, a queda foi em 30%, para 6.647.

Na região Centro, onde o Brasil foi este o terceiro mercado emissor em número de dormidas na hotelaria, quando em Janeiro de 2008 tinha sido o segundo, a queda do mercado brasileiro foi de 33,3%, para 3.266 pernoitas.






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