Brasil - Tráfego internacional de e para Brasil cai 9,2% em Março
O movimento de passageiros de voos internacionais nos aeroportos brasileiros caiu 9,2% em Março, de acordo com dados da Infraero, empresa gestora das infra-estruturas, que para o primeiro trimestre indicam uma queda em 6,8%.
A informação da Infraero, com valores preliminares para este ano, indica que nos primeiros três meses de 2009 os aeroportos brasileiros tiveram 3,36 milhões de passageiros de voos internacionais, menos cerca de 247 mil que no período homólogo de 2008.
A queda mais expressiva em valor absoluto ocorre no maior aeroporto brasileiro, Guarulhos, em São Paulo, que viu o tráfego de voos internacionais ter uma redução do número de passageiros em cerca de 272 mil (-11,8%), para 2,026 milhões.
A compensar esta queda esteve principalmente o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, que no mesmo período teve mais cerca de 104 mil passageiros de voos internacionais, com um aumento em 17,3%, para 706,48 mil.
Entre os principais aeroportos brasileiros em tráfego internacional que tem voos directos regulares com Lisboa, além do Galeão ocorreram subidas de tráfego internacional em Recife, com 66,66 mil, mais 2,4% ou mais cerca de 1,6 mil, em Belo Horizonte (Confins), com 56,74 mil, mais 163,2% ou mais cerca de 35 mil, e Brasília, com 42,13 mil, mais 18,5% ou mais cerca de 6,6 mil.
Em queda, além de Guarulhos, estiveram Salvador, com menos 17,7% ou menos cerca de 23 mil passageiros, para 105,93 mil, Fortaleza, com menos 18,6% ou menos cerca de 14,5 mil, para 63,46 mil, e Natal, com menos 32,5% ou menos cerca de 21 mil, para 44,02 mil.
A comparação do primeiro trimestre deste ano com o período homólogo de 2008 é marcada pela total inversão da conjuntura económica, pelo despoletar da crise económica e financeira mundial, com especial incidência a partir de Setembro do ano passado, como por efeitos de calendário, designadamente a Páscoa em Abril quando em 2008 foi em Março e Fevereiro com menos um dia, porque 2008 foi ano bissexto.
O factor Páscoa mais tarde este ano, embora não haja quantificações do seu impacto, tem levado a que Março tenha sido em diversos mercados um mês de quedas mais acentuadas quer do tráfego aéreo quer da actividade hoteleira.
Cálculos a partir dos dados disponibilizados pela Infraero indicam que em Março o movimento de voos internacionais nos aeroportos brasileiros teve uma redução do número de passageiros face a 2008 em quase 107 mil (-9,2%), para 1,16 milhões.
Em Guarulhos a queda foi em cerca de 89 mil (-12%, para 654,7 mil), em Salvador foi na ordem de nove mil (-23,2%, para 30,4 mil), em Recife foi em cerca de 4,5 mil (-19,5%, para 18,77 mil), em Fortaleza foi em cerca de cinco mil (-22,7%, para 16,7 mil) e em Natal foi em cerca de 8,5 mil (-40,5%, para 12,4 mil).
A compensar parcialmente estas quebras estiveram o Galeão, com +16,6% ou mais cerca de 32 mil, para 226,1 mil, Confins, com +47,7% ou mais cerca de cinco mil, para 15,55 mil, e Brasília, com +5,2% ou mais cerca de 600, para 12,55 mil.
Os dados da Infraero indicam que em Março os aeroportos brasileiros tiveram um total de 9,48 milhões de passageiros, menos 0,2% que no mês homólogo de 2008, uma vez que a queda em voos internacionais foi quase anulada pelo aumento em 1,1% nas ligações domésticas, que somaram 8,43 milhões de passageiros.
Para o trimestre, os dados indicam uma queda do número de passageiros em 0,7%, para 28 milhões, neste caso porque a subida em 0,2% nos voos domésticos, para 24,7 milhões, não compensou totalmente a queda nas ligações internacionais.
Entre os maiores aeroportos brasileiros em tráfego total (voos domésticos e internacionais), Guarulhos, Brasília e Curitiba registam quedas no trimestre, respectivamente em 5,5%, para 5,02 milhões, em 17,4%, para 3,08 milhões, e em 3,9%, para 975,1 mil.
A crescerem estão Galeão, em 3,8%, para 3,08 milhões, Congonhas (Rio de Janeiro), em 2,4%, para 3,04 milhões, Salvador, em 4,3%, para 1,7 milhões, Recife, em 4,1%, para 1,26 milhões, Porto Alegre, em 3,2%, para 1,2 milhões, Confins, em 0,6%, para 1,19 milhões, e Fortaleza, em 3,6%, para 959,36 mil.
