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Brasil - ‘Pior já passou’ afirma executivo da Embraer


O vice-presidente executivo-financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, Luiz Carlos Aguiar, afirmou ontem que a forte onda de cancelamentos e adiamentos de pedidos registrada nos primeiros três meses do ano não deve se repetir neste segundo trimestre. Segundo ele, o momento mais crítico para a empresa já passou, e a previsão para 2009 é de entregar 242 aeronaves - das quais 115 jatos comerciais, 17 jatos modelo Legacy 600 e Lineage 1000, além de outros 100 da família Phenom.

A concentração de cancelamentos e adiamentos ocorreu em janeiro e fevereiro, quando tivemos de fazer o ajuste no nosso quadro de pessoal“, afirmou o executivo. Ele afirmou que dez pedidos de jatos comerciais foram adiados no primeiro trimestre do ano, o que levou a empresa a reduzir a previsão de entregas para o ano de 270 unidades para as atuais 242.

O executivo preferiu não revelar o número de pedidos de jatos executivos cancelados no período. “Tivemos alguns poucos cancelamentos de pedidos do modelo Legacy ,enquanto na família Phenom houve apenas reposicionamento de clientes na ordem de entrega.”

Em teleconferência com analistas para comentar os resultados do primeiro trimestre de 2009, o executivo ressaltou que a empresa não tem registrado novos pedidos de cancelamentos ou adiamentos.

A Embraer mantém a previsão de alcançar receita de US$ 5,5 bilhões este ano. Desse total, US$ 3,3 bilhões serão referentes ao segmento de aviação comercial, US$ 800 milhões com a área de jatos executivos, US$ 600 milhões com o setor de defesa e governo e outros US$ 800 milhões com a área de serviços aeronáuticos.

O executivo explicou que historicamente 40% da receita está concentrada no primeiro semestre e 60% na segunda metade do ano. “Levando-se esses dados em consideração encerramos o primeiro trimestre em linha com a nossa projeção para o ano.”

Aguiar afirmou ainda que a empresa não pretende financiar diretamente nenhum cliente neste segundo trimestre, a exemplo do que fez nos primeiros três meses do ano, quando desembolsou R$ 248 milhões para esse tipo de operação. “Não planejamos utilizar caixa da empresa para financiar clientes”.

O executivo ressaltou que a empresa está trabalhando para buscar financiamento para seus clientes e que já tem apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A expectativa da empresa é de que uma parcela entre 25% e 29% das entregas de jatos comerciais previstas para 2009 seja financiada pelo banco de fomento brasileiro.

FONTE: O Estado de São Paulo





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