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Air France 447 - Airbus voava com velocidade "incorreta", aponta investigação francesa

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da Folha Online

Atualizado às 07h43.

Membros do escritório francês de pesquisas e análises (BEA, na sigla em francês), responsável pela investigação do acidente com o Airbus-A330, afirmaram que a aeronave viajava com velocidade "incorreta" no momento da queda. A aeronave desapareceu na noite de domingo (31), quando fazia o trajeto Rio de Janeiro-Paris, com 228 pessoas a bordo.

Segundo uma fonte das investigações citadas pelo jornal "Le Monde", a velocidade pode ser um dos motivos que levou à queda do voo AF 447. "Um dos possíveis motivos do acidente, embora haja várias incógnitas, é que o avião voava com uma velocidade incorreta sobre o oceano Atlântico em uma zona de fortes turbulências", informa o jornal.

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O BEA não especifica se a velocidade estava acima ou abaixo do recomendado e diz que vai aguardar mais evidências antes de apontar uma causa para o acidente, porque trabalha com várias hipóteses. Ontem, o diretor do BEA, Paul-Louis Arslanian, afirmou que as chances de encontrar as caixas-pretas do voo AF 447 são pequenas e, se forem achadas, existe a possibilidade de que não sejam úteis para identificar as causas do acidente.

"Teremos que tentar identificar as caixas-pretas, mas temos que nos preparar para trabalhar sem elas", disse. A estimativa é que os objetos estejam em uma profundidade de até 3.000 metros. Um relatório com o andamento das investigações deverá ser divulgado pelo órgão no final deste mês.

Sem explosão

Nesta quarta-feira, o ministro de Defesa, Nelson Jobim, anunciou que foram localizadas peças internas do avião, além de placas metálicas que pode ser da fuselagem do avião e um rastro de óleo no oceano --indício de que a aeronave não explodiu no ar. "A existência da mancha de óleo pode dar ideia de que não houve uma explosão. Não há possibilidade ainda [de saber as causas]", afirmou.

As equipes de buscas fizeram duas trilhas de destroços e traçaram oito áreas de objetos localizados. Segundo o ministro, as buscas ocorrem em uma área de 176,9 mil km quadrados --o equivalente a duas vezes o tamanho do Estado de Pernambuco.


Divulgação
Imagem divulgada pela Aeronáutica em local de buscas ao Airbus mostra mancha de óleo no Atlântico
Imagem divulgada pela Aeronáutica em local de buscas ao Airbus mostra mancha de óleo no Atlântico

O local do acidente fica a aproximadamente 400 milhas (740 km aproximadamente) do arquipélago de Fernando de Noronha (PE).

Não há hipóteses claras sobre o que pode ter derrubado a aeronave, mas já há certeza de que o avião sofreu despressurização e uma pane elétrica, porque a aeronave enviou alerta automático do tipo durante o voo. Sabe-se também que a aeronave enfrentou forte turbulência, mas só a turbulência não deve ser a responsável pelo acidente.

"Não há hipóteses claras sobre o que pode ter derrubado a aeronave, mas o que está claro é que ocorreu despressurização causada por uma possível pane elétrica", disse Jobim.

Lista de passageiros

Nenhum corpo ou sobrevivente do voo 447 havia sido encontrado até esta quinta-feira. O comando da Aeronáutica manteve durante toda a madrugada as ações de busca pelo avião da Air France. Aviões com radares e equipamentos de busca por infravermelho participam das operações.

Segundo Jobim, será muito difícil localizar os corpos das vítimas, já que aqueles cujo abdômen foi rompido "afunda e não volta mais". Já os corpos das vítimas que apresentarem o abdômen intacto --sem perfurações-- podem voltar à superfície até 70 horas após afundarem.

Ontem, a Air France divulgou as identidades de 53 dos 58 ocupantes brasileiros que estavam na aeronave e cujas famílias autorizaram a divulgação. A lista não inclui os nomes dos ocupantes de outras nacionalidades. Segundo a Air France, ao todo, havia 228 pessoas no avião, de 32 nacionalidades diferentes.





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