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Air France 447 - Investigação sobre queda do voo 447 se aproxima do objetivo, dizem franceses

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da Efe
da Folha Online
da Agência Brasil

Atualizado às 11h50.

Os investigadores que analisam as causas do acidente com o avião que fazia o voo 447 da Air France disseram nesta quarta-feira que cerca de 400 restos da aeronave foram encontrados, mas ainda não se sabe onde estão as caixas-pretas. O diretor do Escritório de Investigação e Análise francês (BEA), Paul-Louis Arslanian, disse que a investigação "se aproxima do objetivo" de compreender o que aconteceu e encontrar as causas do acidente.

Leia a cobertura completa sobre o voo AF 447
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"Não digo que será um trabalho fácil, mas afirmo que fazemos o máximo. Dado o trabalho feito até agora, acho que estamos nos aproximando do objetivo", afirmou.

Jacques Brinon/AP
Paul-Louis Arslanian fala sobre as investigações da queda do voo 447
Paul-Louis Arslanian fala sobre as investigações da queda do voo 447

Arslanian afirmou que a atual prioridade dos investigadores é localizar as caixas-pretas do Airbus. Os emissores de sinais sonoros do equipamento deixam de funcionar 30 dias após o acidente, que aconteceu no último dia 31.

"Fazemos o melhor possível e é muito difícil. Estamos fazendo o máximo para recuperar tanto os registros de voo como os corpos. Não podemos dizer atualmente em que teremos êxito", disse. Para Arslanian, "é quase certo que o avião não poderá ser recuperado por inteiro".

O diretor do BEA informou que o órgão ainda não recebeu os resultados dos exames periciais feitos no Brasil com os corpos recuperados no mar. Ele afirmou que um médico-legista de sua equipe foi impedido de participar da necropsia.

Eraldo Peres/14.jun.2009/AP
Destroços do Airbus da Air France que fazia o voo 447 são retirados do Atlântico e serão examinados pelos franceses
Destroços do Airbus da Air France que fazia o voo 447 são retirados do Atlântico e serão examinados pelos franceses

O médico, que não teve o nome revelado, estava em Recife na semana passada, quando foi informado que não seria autorizada sua participação nos trabalhos de identificação dos corpos. "Não estou nada satisfeito com essa situação. Se querem saber, não estou feliz", afirmou Arslanian.

Segundo o diretor do BEA, especialistas franceses ligados à parte jurídica da investigação tiveram acesso ao exame dos corpos desde a semana passada --o que, em sua opinião, não substitui a contribuição que o médico legista poderia trazer. Ele disse também que, até agora, o BEA não recebeu nenhum relatório ou informação que contenham resultados do trabalho de necropsia.

Caixa-preta e destroços

Segundo o BEA, as buscas às caixas-pretas do Airbus ocorrem em uma zona de 80 km de raio. Nessa região trabalham dois rebocadores equipados com sensores acústicos emprestados pelas Forças Armadas dos Estados Unidos e o submarino nuclear Emeurade.

Arslanian afirmou que as caixas-pretas podem estar em uma profundidade muito elevada ou em uma das colinas do sistema montanhoso submarino existente na região.

Segundo o diretor do BEA, caso os sinais sonoros não sejam detectados, "as esperanças de encontrar as caixas-pretas e o avião cairão muito".

De acordo com Arslanian, suas equipes trabalham na análise dos restos do avião encontrados, reunidos em um hangar do Recife.

Vítimas

O Airbus da Air France caiu no oceano Atlântico quando ia do Rio para Paris. No total, 228 pessoas estavam na aeronave. As investigações sobre o acidente ficaram sob responsabilidade da França.

A Marinha e a Aeronáutica do Brasil localizaram e resgataram na terça-feira (16) o corpo de mais uma das vítimas do acidente. Com isso, chega a 50 o total de corpos resgatados.

Os outros 49 corpos retirados das águas já foram encaminhados para identificação --43 já estão no IML (Instituto Médico Legal) de Recife e outros seis chegaram ontem a Fernando de Noronha (PE), onde passam por pré-identificação.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou na segunda-feira (15) que as buscas pelos corpos das vitimas e destroços do voo 447 não têm data definida para terminar. Aeronáutica e Marinha chegaram a estipular 19 de junho como prazo final das operações, mas Jobim afirmou ao seu colega francês, Hervé Morin, que as buscas prosseguirão "até o momento em que tecnicamente se entender que elas são inúteis", segundo afirmou em entrevista na Embaixada do Brasil em Paris.

Com France Presse





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