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Petróleo recua para menos de 60 dólares; Preço cai 10,25% na última semana

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O preço do barril de crude leve dos Estados Unidos, que faz hoje precisamente um ano atingia o valor recorde de 147,27 dólares, a caminho dos 200 dólares ou mais, segundo previsões da época, cotou-se no fecho da sessão de ontem pela primeira vez desde meados de Maio abaixo dos 60 dólares.

O contrato para entrega em Agosto ficou nos 59,98 dólares, o que representa um recuo de 10,25% ou 6,84 dólares na última semana e coloca os preços 13,73 dólares ou 18,7% abaixo do máximo desde ano, atingido a 30 de Junho.

O barril de Brent para entrega em Agosto, referência para a Europa, ficou ontem nos 60,52 dólares.

A descida do preço do petróleo ocorre quando na aviação voltam os movimentos de agravamento da sobretaxa de combustível, no qual se inclui Portugal, com a reintrodução de sobretaxas nas ligações domésticas entre o Continente e as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores (clique para ler: Sobretaxa de combustível volta aos voos TAP para os Açores e para a Madeira / SATA também volta a aplicar sobretaxa de combustível na Madeira e Açores / Sobretaxas de combustível voltam a subir. Lufthansa aumenta três euros nos voos europeus / SAS aumenta sobretaxa de combustível entre três a dez euros).

Isto acontece pelo intervalo que normalmente medeia entre os preços do crude nos mercados de futuros e a sua “chegada” às facturas das companhias aéreas, que actualmente estão com o combustível a reflectir a escalada até finais de Junho.

Apesar da queda verificada esta semana, o preço do crude está ainda a níveis próximos do dobro de Dezembro último, quando se cotava na ordem dos 33 dólares, culminando uma descida dos preços ainda mais vertiginosa do que a escalada que os levara ao recorde de 11 de Julho de 2007.

A queda dos preços do crude na última semana é atribuída por analistas a um arrefecimento das expectativas de uma recuperação económica mais cedo e mais rápida, que teve como reflexo uma valorização do dólar, a qual se tem reflectido em regra numa queda dos preços do crude.

Ontem o dólar ganhou 0,5% em relação ao euro, ficando em 1,3946 dólares por euro, bem como se valorizou em relação à libra e ao franco suíço.

Além desse efeito, acrescentam, uma perspectiva de recuperação das economias mais tardia e mais lenta também acarreta um adiamento da expectativa de aumento do consumo de petróleo.

Outras fontes também destacam que em Junho os países membros da OPEP voltaram a aumentar a produção, para os 26,2 milhões de barris por dia, quando a meta assumida são 24,845 milhões.

Os analistas destacaram a divulgação ontem das previsões da Agência Internacional da Energia (IEA, sigla em inglês) para o consumo de petróleo em 2010, as quais apontam para um incremento do consumo em 1,4 milhões de barris por dia (+1,7%), para 85,2 milhões.

As previsões baseiam-se ainda na estimativa do FMI de crescimento da economia mundial em 1,9% no próximo ano, a qual entretanto já foi ampliada para 2,5%.

Para este ano, a IEA manteve a previsão de uma contracção do consumo de petróleo em 2,9% e segundo alguns analistas deixou em aberto a possibilidade de uma redução mais acentuada.






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The Manhattan Reporter

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