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Air France 447 - Buscas continuam até avião ser encontrado, afirma FAB


Quatro aviões, sete navios e dois helicópteros continuam as buscas que começaram por volta das 9 horas

SÃO PAULO - A busca pela aeronave da Air France que fazia o voo 447, entre o Rio e Paris, que começou na manhã desta segunda-feira, 1, continuará por tempo indeterminado, até que o avião seja encontrado, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB). Quatro aviões, dois helicópteros e três navios brasileiros integram as buscas que começaram por volta das 9 horas. Além disso, aviões da França e da Espanha e quatro navios mercantes também buscam pela aeronave.

A Força Aérea Brasileira (FAB) enviou quatro aviões e dois helicópteros para vasculhar a área do oceano Atlântico, onde o Airbus fez o último contato com os radares. Um Bandeirante SC-95, um Amazonas SC-105, dois C-130 Hércules, um Blackhawk H-60 e um Super Puma H-34, com equipes especializadas em busca e resgate, decolaram por volta das 9 horas da manhã. O Hércules levava a equipe do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, unidade de elite para operações de busca e resgate.

Além disso, o País também concentrou esforços de busca pelo mar. A Marinha enviou à região o navio-patrulha Grajaú, o primeiro a seguir este rumo, além da fragata Constituição que partiu de Salvador, e da corveta Caboclo, que estava em Maceió. Caso necessário, a fragata Bosísio e o navio-tanque Gastão Mota estão de sobreaviso para integrar a busca.

Ajuda internacional

O voo 447 passou, durante a tarde desta segunda-feira, 1, a também ser procurado por quatro navios mercantes que circulam por aquela área do Oceano Atlântico. A pedido da Marinha brasileira, os navios mercantes Lexa Maersk, Jo Cedar, Ual Texas e Stolt Inspiration foram contatados via satélite e começaram sua busca.

Um avião da Força Aérea Francesa, o Atlântico 2 partiu de uma base francesa de Dacar, no Senegal, e faz o sentido contrário da rota do voo 447, da Air France. Esse avião é o primeiro do lado europeu a fazer esse percurso após o desaparecimento da aeronave. Nesta terça-feira, 2, outros dois aviões (um Falcon 50 e outro Atlântico 2) vão partir de Dacar para concentrar as buscas no Golfo de Guiné, onde se supõe que o avião tenha desaparecido. A França também enviou um navio que estava na costa da Guiné para a região, mas ele estaria a algumas horas de viagem.

Os espanhóis também estão ajudando nas buscas e mandaram um avião da Guarda Civil procurar pelo avião desaparecido no Atlântico. O avião de reconhecimento partiu da capital senegalesa, Dacar, onde participa de um programa de prevenção à imigração ilegal na Europa, informou um porta-voz do Ministério de Interior espanhol.

O vice-chefe do centro de comunicação social da Aeronáutica, coronel Jorge Amaral, informou que a Força Aérea Americana se colocou à disposição para ajudar nas operações de busca.

Voo 477

Um total de 228 pessoas, entre passageiros e tripulação, viajavam no airbus A330-200, voo AF447, da companhia francesa Air France, que ia do Rio de Janeiro para Paris. Se confirmado, o acidente seria o mais grave da história da empresa.

O avião deveria ter chegado a Paris às 11h (6h, Brasília), mas se acabou perdendo o contato com o aparelho ao longo da noite.

Segundo a relação divulgada pela Air France, dos passageiros do Airbus desaparecido a maioria, 61, era de nacionalidade francesa.

Além disso, viajavam 58 brasileiros, 26 alemães, nove chineses, nove italianos, cinco britânicos, seis suíços, cinco libaneses, quatro húngaros, três eslovacos, três noruegueses, três irlandeses, dois americanos, dois espanhóis, dois marroquinos e dois poloneses.

Havia também um cidadão de cada um dos seguintes países: África do Sul, Argentina, Áustria, Bélgica, Canadá, Croácia, Dinamarca, Islândia, Estônia, Gâmbia, Holanda, Filipinas, Romênia, Rússia, Suécia e Turquia.

Mais cedo, o representante da companhia aérea no Rio informou que havia 80 brasileiros a bordo do avião que desapareceu após decolar do Rio de Janeiro com destino a Paris. "Estamos consolidando a lista com a Polícia Federal, são números próximos que não estão distantes da realidade", disse a repórteres o gerente da Air France, Antonio Jorge Assunção. Ainda não há previsão para a divulgação da lista com o nome dos passageiros. A Anac informa ainda que seriam 52, e não 58, os brasileiros no voo 447.

Embora as circunstâncias do desaparecimento do avião não estejam ainda confirmadas, a Air France fez um relato das horas seguintes a sua decolagem do aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, às 19h (Brasília).

Segundo a companhia, o avião atravessou uma zona de tempestades e turbulências fortes que poderiam ter afetado seus circuitos elétricos.

O avião perdeu o contato com os controladores aéreos do Brasil e as autoridades de Senegal, Espanha e depois França, conseguiram restabelecer comunicação com ele.

Veja os contatos feitos pela aeronave:

- 19h30 (horário de Brasília) - a aeronave decolou do Aeroporto do Galeão

- 22h33 (horário de Brasília) - a aeronave realizou o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III), na posição INTOL que está localizada a 565 quilômetros de Natal (RN). Neste ponto, a aeronave informou que ingressaria no espaço aéreo de Dakar, a 1.228 quilômetros de Natal, às 23h20 (horário de Brasília).

- 22h48 (horário de Brasília) - a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta III, de Fernando de Noronha. As informações indicavam que a aeronave voava normalmente a 35.000 pés (11 quilômetros) de altitude e a uma velocidade de 453 KT (840 quilômetros por hora).

- 23h20 (horário de Brasília) - este era o horário estimado para o novo contado da aeronave, o que não aconteceu. O Cindacta III informou a falta de contato ao Controle Dakar.

- 02h30 (horário de Brasília), desta segunda-feira (dia 1º), o Salvero Recife acionou os meios de busca da Força Aérea Brasileira (FAB), com uma aeronave C-130 Hércules e uma P-95 Bandeirante de patrulha marítima, além do Esquadrão aeroterrestre de Salvamento (PARASAR).

- 8h30 (horário de Brasília), desta segunda-feira (dia 1º) - a Air France informou ao Cindacta III que a aproximadamente 100 quilômetros da posição Tasil, a 1.228 quilômetros de Natal, o voo 447 enviou uma mensagem para a companhia informando problemas técnicos na aeronave (perda de pressurização e falha no sistema elétrico).





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