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Segundo homem a pisar na Lua embarca na Base Aérea do Galeão e faz palestras na cidade de Campos

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Ele chegou longe. Longe de verdade. O astronauta norte-americano Buzz Aldrin, segundo homem a pisar na Lua há 40 anos, alcançou, nesta semana, outros “espaços”, desta vez no Brasil. As palavras dele, que esteve acompanhado da esposa, Lois Aldrin, e do primeiro astronauta brasileiro, Coronel da Reserva da FAB Marcos Pontes, percorreram “atmosferas” diferentes e chegaram a crianças e jovens de escolas públicas de Campos (RJ). Para a jornada, embarcou na Base Aérea do Galeão. Foi na organização militar que concedeu entrevista exclusiva à equipe de reportagem do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.

"A educação foi o que realmente tornou tudo possível na minha vida", disse o piloto do módulo lunar na missão Apolo11. Foi exatamente sobre a importância de se dedicar aos estudos que o veterano aviador, considerado herói nos Estados Unidos, dedicou as duas palestras que realizou naquela cidade para aproximadamente mil pessoas, incluindo mais de 200 crianças.

Durante as palestras, Buzz Aldrin, que foi militar da Força Aérea Americana, faz questão de abordar que se tornou astronauta devido aos ensinamentos em sua vida na caserna. "A rotina militar capacita para que tomemos decisões de forma correta e rápida”, considera.

Os dois astronautas participaram de eventos alusivos aos 40 anos da Missão Apolo 11 que encerraram as solenidades do Ano Internacional de Astronomia. A programação foi organizada pelo Clube de Astronomia Louis Cruis. “Acredito que a minha presença com o Coronel Pontes pode trazer uma influência positiva para eles”, afirmou o astronauta americano. Aldrin afirma que tem muito em comum com o astronauta brasileiro. “Antes de sermos astronautas, somos apaixonados pela aviação”.

Novo chão - Aldrin, ao chegar a Campos, revelou uma emoção diferenciada para uma pessoa que já participou de experiência tão singular. “Chegar ao Brasil foi melhor do que a chegada à Lua. Não tive essa recepção tão bonita”, disse. Nos dias seguintes, dedicou-se a atender ao público local. O astronauta voltou para Los Angeles, onde reside, no dia 18.

Entretanto, o resultado das palestras ecoa por importantes “dimensões”. “As experiências do Aldrin e do Pontes são verdadeiros exemplos para esses jovens, inclusive muitos deles já estiveram em situação de risco social”, disse o professor Marcelo de Oliveira Souza, presidente da comissão. organizadora do evento. O professor citou que o convite ocorreu por intermédio do Coronel Marcos Pontes, que havia participado de outras palestras promovidas pelo Clube de Astronomia.

“Muitos jovens passaram a querer servir à FAB. Ajudou a difundir a imagem do aviador que, quem sabe, pode um dia virar astronauta. Foi muito importante”, acrescentou. Todos eles sabem que iniciativas como essa deixam rastros na memória das pessoas. Como uma pegada bem visível em um chão que era desconhecido.

Leia abaixo entrevista com o astronauta Buzz Aldrin:

CECOMSAER: É a primeira que o senhor vem ao Brasil?

BUZZ ALDRIN: Já estive, no passado, em Brasília, Manaus e São Luís. Era Carnaval na época e fomos visitar o Centro de Lançamento de Alcântara. Foi uma visita de uma semana.

CECOMSAER: O senhor irá encontrar com estudantes. Qual mensagem pretende passar a eles?

ALDRIN: Uma mensagem de muita esperança para o futuro, onde o aprendizado em tecnologia, ciência, matemática e física darão suporte ao crescente e maravilhoso programa aeroespacial aqui no Brasil. Há também formas de parcerias com outros países para começar a expandir as oportunidades no espaço e internacionalizá-las, tanto na estação espacial quanto na Lua.

CECOMSAER: Como o senhor definiria o valor do estudo?

ALDRIN: A educação é o que realmente tornou isso possível na minha vida. Espero que possa fazer estudantes pensar sobre o futuro. Creio que haverá muitas missões tripuladas no Espaço nos próximos 25 anos. Leva-se muito tempo para construir foguetes e planejar missões de longa duração. Quanto mais longe vamos, mais tempo leva a preparação para chegarmos lá.

CECOMSAER: Por que o aprendizado na vida militar se torna importante para o astronauta?

ALDRIN: A rotina militar capacita para que tomemos decisões de forma correta e rápida. Ensina também a operar variados tipos de equipamentos. Acredito, porém, que, no futuro, cada vez mais atividades serão feitas automaticamente. Isso exigirá muito de todos.

Fonte: CECOMSAER








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